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The Queen of Nothing - Capítulo Vinte e Seis

– Não está totalmente curada – queixa Tatterfell, cutucando minha cicatriz com os dedos afiados. A diabrete me ajuda desde que levanto da cama, me preparando para enfrentar a serpente como se estivesse indo para outro banquete e reclamando o tempo todo. – Madoc quase partiu você ao meio não faz muito tempo.

– Incomoda ter jurado a ele, mas ainda estar aqui comigo? – Pergunto quando ela termina a trança apertada no topo da minha cabeça. Os lados são puxados para trás e o restante é preso em um coque. Sem ornamentos nas orelhas ou no pescoço, é claro, nada que possa ser agarrado.

– Foi para cá que ele me enviou – diz Tatterfell, pegando um pincel da mesa onde colocou seus apetrechos e tocando-o em um pote de cinzas preta. – Talvez ele tenha se arrependido. Afinal, eu poderia estar repreendendo ele agora, em vez de você.

Isso me faz sorrir.

Tatterfell pinta meu rosto, sombreando meus olhos e avermelhando meus lábios.

Alguém bate à porta, Taryn e Vivi entram. – Você não vai acreditar no tesouro que a gente encontrou – diz Vivi.

– Pensei que tesouros fossem cheios de pedras preciosas, ouro e outras coisas. – Me lembro de tempos atrás, da promessa de Cardan de que entregaria o tesouro de Balekin a Corte das Sombras se eles me traíssem e soltassem ele. É uma sensação estranha, lembrar como eu estava em pânico, como ele era encantador e como eu o odiava.

Tatterfell bufa quando Barata entra, puxando um baú atrás dele. – Não tem como deixar suas irmãs longe de problemas.

Sua pele voltou ao verde escuro normal, ele parece magro, mas bem. É um imenso alívio em vê-lo se movimentar tão rapidamente. Me pergunto como ele foi recrutado para ajudar minhas irmãs, mas me pergunto mais sobre no que Bomba disse a ele. Há um novo tipo de alegria em seu rosto. Ela mora nos cantos de sua boca, onde um sorriso paira e no brilho de seus olhos.

Dói só de olhar.

[p]Taryn sorri. – Encontramos uma armadura. Uma armadura gloriosa. Para você.[/p][p]– Para um tipo de rainha – diz Vivi. – que, você deve se lembrar, não existe há muito tempo.[/p][p]– Pode muito bem ter pertencido à própria Mab – continua Taryn.[/p] [p]– Vocês estão mesmo inventando isso – digo a elas.[/p] [p]Vivi se inclina para abrir o baú. Ela tira uma armadura de cota de malha fina, trabalhada para que pareçam folhas de hera em miniatura de metal. Eu suspiro ao vê-la. É realmente a armadura mais bonita que eu já vi. Parece antiga, e o acabamento é diferente, nada como o de Grimsen. É um alívio saber que outros grandes ferreiros vieram antes dele e que outros seguirão surgindo.[/p] [p]– Eu sabia que você ia gostar – diz Taryn, sorrindo.[/p][p]– E também tenho algo que você vai gostar – diz Barata. Alcançando sua bolsa, ele tira três fios do que parece fio de prata.[/p] [p]Enfio-o no bolso, ao lado dos cabelos que arranquei da cabeça de Madoc.[/p][p]Vivi está muito ocupada tirando mais itens do baú para perceber. Botas cobertas por placas curvas de metal. Braçadeiras em um padrão de galhos. Ombreiras com mais padrões de folhas, entrelaçadas nas bordas. E um elmo que se assemelha a uma coroa de galhos dourados com bagas reunidas em ambos os lados.[/p] [p]– Bom, mesmo que a serpente morda sua cabeça – diz Tatterfell, – o resto ainda vai estar ótimo.[/p] [p]– É esse o espírito – digo a ela.[/p] [p]
***
[/p][p]O exército de Elfhame se reúne e se prepara para marchar. Corcéis de erva-de-santiago, cavalos aquáticos do pântano, renas com chifres salientes e sapos enormes estão sendo selados. Alguns até sendo blindados.[/p] [p]Arqueiros alinham suas pontas líticas de alfo, flechas envenenadas com sonífero e arcos enormes. Cavaleiros se preparam. Vejo Grima Mog do outro lado do gramado, em um pequeno amontoado de barretes vermelhos. Estão passando uma jarra de sangue, tomando goles e pontilhando seus capuzes. Enxames de pixies voam pelo ar com zarabatanas e pequenos dardos envenenados.[/p] [p]– Estaremos preparados – explica Grima Mog, caminhando, – no caso da rédea não funcionar da maneira que disseram. Ou caso eles não gostem do que aconteça a seguir. – Tocando minha armadura e a espada emprestada presa às minhas costas, ela sorri, mostrando-me seus dentes avermelhados. Então ela coloca a mão sobre o coração. – Grande Rainha.[/p] [p]Tento sorrir para ela, mas sei que é doentio. A ansiedade belisca meu estomago.[/p] [p]Dois caminhos estão diante de mim, mas apenas um leva à vitória.[/p] [p]Fui eu a protegida de Madoc e a serva de Dain. Não sei como ganhar de outra maneira que não a deles. Não é a receita para ser um herói, mas é a receita para o sucesso. Sei como manobrar uma faca nas minha próprias mãos. Eu sei como odiar e ser odiada. E eu sei como ganhar o dia, desde que eu esteja disposta a sacrificar tudo de bom em mim por isso.[/p] [p]Eu disse que se não pudesse ser melhor que meus inimigos, então me tornaria pior. Muito, muito pior.[/p] [p]Pegue três fios de cabelo da sua cabeça e amarre-os na rédea. Vocês ficarão unidos.[/p] [p]Lorde Jarel pensou em me enganar. Ele pensou em guardar a palavra de comando para si, usá-la somente depois que eu dominasse a serpente e tão nos controlaria. Estou certa de que Madoc não conhece o esquema de lorde Jarel, o que sugere que parte disso envolveria o assassinato de Madoc.[/p] [p]Mas esse é um jogo que pode virar. Amarrei os cabelos deles na rédea dourado, e não serei eu quem ficará presa à serpente. Uma vez que a serpente for controlada, Madoc e Lorde Jarel se tornarão minhas criaturas, tão certo quanto Cardan já foi meu. Tão certo quanto Cardan será meu novamente com as tiras douradas cravando suas escamas.[/p][p]E se a monstruosidade da serpente crescer, se envenenar as terras de Elfhame, então que eu seja a rainha dos monstros. Que eu governe a terra enegrecida, tendo ao meu lado o fantoche de meu pai barrete vermelho. Que eu seja temida, sem nunca mais temer.[/p] [p]Somente do sangue dele derramado um grande soberano reinará.[/p] [p]Que eu tenha tudo o que sempre quis, tudo o que sempre sonhei, e a eterna angustia junto com isso. Que eu viva com um fragmento de gelo no coração.[/p] [p]– Eu olhei as estrelas – diz Baphen. Por um momento, minha mente ainda está muito perdida em minhas próprias imaginações para me concentrar. Suas vestes azuis escuras voam atrás dele na brisa do início da tarde. – Mas elas não falam comigo. Quando o futuro é obscurecido, significa que um evento remodelará permanentemente o futuro para o bem ou para o mal. Nada pode ser visto até que o evento seja concluído.[/p][p]– Sem pressão, então – murmuro.[/p] [p]Bomba emerge das sombras. – A serpente foi encontrada – diz ela. – Próximo à costa da Floresta Torta. Devemos ir rapidamente antes de perdê-lo novamente.[/p] [p]– Lembre-se da formação – Grima Mog diz para suas tropas. – Nós partiremos par o norte. O povo de Madoc para o sul, e a Corte dos Dentes, a oeste. Mantenham distância. Nosso objetivo é levar a criatura aos braços amorosos de nossa rainha.[/p] [p]As partes da minha nova armadura tremem juntas, produzindo um som musical. Me entregaram um cavalo preto alto. Grima Mog está sentada em uma enorme montaria blindada.[/p] [p]– É sua primeira batalha? – ela me pergunta.[/p] [p]Concordo.[/p][p]– Se a luta começar, concentre-se no que está à sua frente. Lute a sua luta – ela me diz. – Deixe os outros se preocuparem com as deles.[/p] [p]Concordo com a cabeça novamente, assistindo o exército de Madoc partir para assumir sua posição. À frente vêm seus próprios soldados, escolhidos a dedo e roubados do que restou do exército de Elfhame. Atrás, vêm as Cortes menores erguendo seus estandartes. E, claro, a Corte dos Dentes, carregando armas de gelo. Muitos deles parecem ter a pele como gelo, alguns tão azuis quanto os mortos. Não gosto de pensar em enfrentá-los, hoje ou em qualquer outro dia.[/p][p]A Corte dos Cupins cavalga atrás de Grima Mog. É fácil reconhecer o cabelo branco-sal de Roiben. Está montado em um kelpie e, quando olho, ele me saúda. Ao lado dele estão as tropas de Alderking. O consorte mortal de Severin não está com ele; em vez disso, está ao lado da cavaleira mortal ruiva cujo nariz foi machucado pelos guardas selkie de Nicasia. Ela parece perturbadoramente alegre.[/p] [p]Voltando o olhar ao palácio, Vivi, Oriana, Heather e Oak esperam por nós com alguns guardas, grande parte do Conselho, e muitos cortesãos das Cortes, menores e grandes. Eles vão assistir da sacada.[/p][p]Aperto forte a rédea dourado.[/p] [p]– Se anime – diz Grima Mog, vendo meu rosto. Ela ajusta o capuz, enrijecido com camadas de sangue. – Estamos caminhando para a glória.[/p] [p]Por entre as árvores que cavalgamos, não consigo deixar de pensar que, quando me imaginei cavaleira, imaginei com algo assim. Enfrentando monstros mágicos, vestida com armadura e espada ao meu lado. Mas, como tantas outras imaginações, todo o horror estava ausente.[/p] [p]Um chiado carrega o ar de uma parte mais densa da floresta à frente. Grima Mog dá um sinal e os exércitos de Elfhame param de marchar e se espalham. Apenas eu continuo, tecendo em torno de árvores mortas após árvores mortas, até ver as escamas negras do corpo da serpente a uns dez metros de onde estou. Meu cavalo recua, bufando.[/p] [p]Segurando a rédea do cavalo, desço das costas e me aproximo da criatura monstruosa que antes foi Cardan. Ele cresceu de tamanho, agora mais comprido que um dos navios de Madoc, com a cabeça grande o suficiente que quando abre a boca; uma única presa tem a metade do tamanho da espada nas minhas costas. É absolutamente aterrorizante.[/p] [p]Forço meus pés a atravessar a grama murcha e enegrecida. Além da serpente, vejo os estandartes com o brasão de Madoc tremulando na brisa.[/p] [p]– Cardan – digo em um sussurro. A corda dourada da rédea brilha em minhas mãos.[/p] [p]Como se em resposta, a serpente recua, o pescoço se curva em um movimento oscilante, como se estivesse avaliando a melhor forma de atacar.[/p][p]– É a Jude – digo, e minha voz falha. – Jude. Você gosta de mim, lembra? Você confia em mim.[/p] [p]A serpente explode em movimento, deslizando rapidamente sobre a grama em minha direção, diminuindo a distância entre nós. Soldados se dispersam. Cavalos se erguem nas patas traseiras. Sapos pulam para o abrigo da floresta, ignorando seus cavaleiros. Kelpies correm para o mar.[/p] [p]Levanto a rédea, não tendo mais nada em minhas mãos para me defender. Me preparo para jogar. Mas a serpente faz uma pausa talvez três metros de onde estou, se enrolando em torno de si.[/p] [p]Olhando para mim com aqueles olhos dourados.[/p] [p]Tremo por toda parte. Minhas mãos suam.[/p] [p]Sei o que devo fazer caso queira derrotar meus inimigos, mas não quero mais fazer.[/p][p]Tão perto da serpente, posso pensar apenas na rédea afundando na pele de Cardan, em ele estar preso para sempre. Tê-lo sob meu controle já foi um pensamento tão convincente. Me deu uma onda de poder tão crua quando ele me jurou, quando teve que me obedecer por um ano e um dia. Sentia que se eu pudesse controlar tudo e todos, então nada poderia me machucar.[/p] [p]Dou outro passo em direção à serpente. E depois outro. Tão perto, estou atordoada novamente pelo tamanho da criatura. Levanto uma mão cautelosa e a coloco contra a escama negra. Elas são secas e frescas contra a minha pele.[/p][p]Seus olhos dourados não têm resposta, mas penso em Cardan deitado ao meu lado no chão dos aposentos reais.[/p] [p]Penso no seu sorriso.[/p] [p]Penso em como ele odiaria ficar preso assim. Quão injusto seria para mim mantê-lo assim e chamar isso de amor.[/p] [p]Você já sabe como acabar com a maldição.[/p] [p]– Eu amo você – sussurro. – Eu vou sempre amar você.[/p][p]Enfio a rédea dourado no cinto.[/p][p]Dois caminhos estão diante de mim, mas apenas um leva à vitória.[/p][p]Mas não quero ganhar assim. Talvez eu nunca viva sem medo, talvez o poder escorregue do meu alcance, talvez a dor de perdê-lo doa mais do que eu posso suportar.[/p] [p]E, no entanto, se eu o amo, só há uma escolha.[/p][p]Puxo a espada emprestada nas minhas costas. Heartsworn, que pode cortar qualquer coisa. Pedi a espada de Severin e a trouxe para a batalha, porque não importava o quanto eu negue, uma parte de mim sabia o que escolheria.[/p] [p]Os olhos dourados da serpente são firmes, mas há os sons de surpresa dos feéricos reunidos. Ouço o rugido de Madoc.[/p][p]Não era para terminar assim.[/p][p]Fecho meus olhos, mas não posso mantê-los assim. Em um movimento, eu balanço Heartsworn em um arco brilhante na cabeça da serpente. A lâmina cai, cortando através de escamas, atravessando a carne e osso. Então a cabeça da serpente está aos meus pés, os olhos dourados sem intensidade.[/p][p]Há sangue por toda parte. O corpo da serpente estremece terrivelmente se enrolando e depois amolece. Seguro Heartsworn com mãos trêmulas. Estou tremendo por toda parte, tremendo tanto que caio de joelhos na grama enegrecida, no tapete de sangue.[/p][p]Ouço lorde Jarel gritar algo para mim, mas não consigo ouvir.[/p] [p]Acho que posso estar gritando.[/p][p]Feéricos correm em minha direção. Ouço o som de aço e o assobio de flechas voando pelo ar. Parece vir de muito longe.[/p] [p]Tudo o que posso ouvir em meus ouvidos é a maldição que Valerian falou antes de morrer. Que suas mãos estejam sempre manchadas de sangue. Que a morte seja seu único companheiro.[/p] [p]– Você deveria ter aceitado o que oferecemos – diz Lorde Jarel, balançando a lança em minha direção. – Seu reinado será muito curto, Rainha Mortal.[/p] [p]Então Grima Mog está lá, montada em seu cervo, suportando o peso de sua espada. Suas armas se chocam, tocando com a força do impacto. – Primeiro eu vou matar você – ela diz a ele. – E então eu vou comê-lo.[/p] [p]Duas flechas negras voam das árvores, enterrando-se na garganta de Lorde Jarel. Ele desliza do cavalo quando gritos se erguem da Corte dos Dentes. Vejo um vislumbre dos cabelos brancos de Bomba.[/p] [p]Grima Mog se afasta, lutando contra três cavaleiros da Corte dos Dentes. Ela deve tê-los conhecido uma vez, deve ter comandado eles, mas luta contra eles da mesma maneira.[/p] [p]Há mais gritos ao meu redor. E os sons da batalha diminuindo.[/p] [p]Da costa, ouço uma trombeta.[/p] [p]Longe das rochas negras, a água está espumando. Das profundezas, tritões e selkies se erguem, suas escamas brilhantes capturam a luz do sol. Nicasia se ergue junto a eles, sentada nas costas de um tubarão.[/p] [p]– A Corte Submarina honra seu tratado com a Terra e com a Rainha – diz ela, sua voz é transmitida pelo campo. – Abaixe suas armas.[/p][p]Um momento depois, o exército Submarino está correndo pela costa.[/p][p]Então Madoc está parado diante de mim. Sua bochecha e parte da testa estão pintadas de sangue. Há uma alegria em seu rosto, uma alegria terrível. Barretes vermelhos nascem para isso, para derramamento de sangue, violência e assassinato. Acho que uma parte dele gosta de poder compartilhar isso comigo, mesmo agora. – Levante-se.[/p] [p]Passei a maior parte da minha vida respondendo às ordens dele. Me levanto, minha mão indo para a rédea dourada no meu cinto, amarrada com seus cabelos, a que eu poderia ter usado para prede-lo e que ainda posso. – Não vou lutar com você. – Minha voz soa tão distante. – Embora eu não queira ver a rédea afundando na sua pele, também não ficaria triste.[/p] [p]– Chega de petulância – diz ele. – Você já ganhou. Olhe.[/p] [p]Ele me pega pelos ombros e me vira para que eu possa ver onde está o enorme corpo da serpente. Um choque de horror passa por mim e tento me desvencilhar de suas garras. E então noto que a luta diminuiu, feéricos estão olhando. De dentro do corpo da criatura emana um brilho.[/p][p]E então, dentre o brilho, Cardan sai. Cardan, nu e coberto de sangue.[/p] [p]Vivo.[/p] [p]Somente do sangue dele derramado um grande soberano reinará.[/p] [p]E ao redor, as pessoas se ajoelham. Grima Mog se ajoelha. Lorde Roiben se ajoelha. Mesmo aqueles, que momentos antes, tinham a intenção de matar parecem vencidos. Nicasia olha do mar enquanto toda Elfhame se curva para o Grande Rei, restaurado e renascido.[/p][p]– Vou baixar minha cabeça para você – me diz Madoc, baixinho. – E só você.[/p] [p]Cardan dá um passo à frente e pequenas rachaduras aparecem em seus passos. Fissuras na própria terra. Ele fala com um estrondo que ecoa por todos os que estão reunidos lá. – A maldição foi quebrada. O Rei voltou.[/p][p]Ele está tão aterrorizante quanto qualquer serpente.[/p][p]Eu não ligo. Eu corro para seus braços.[/p]


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4 Comentários

  1. Aí meu Deus muita emoção

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  2. Graziele10 agosto

    senhor, por que tiraste minha alma e a colocaste novamente proporcionando-me toda dor possível?

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  3. Tudo dando certo pra eles era o que eu precisava hoje kkkkkkk
    Eu não vi mentiras, quem não acha o Cardan inteligente, engraçado e bonito né.

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  4. Sabia que isso ia acontecer ela que foi muito burra pra não entender a profecia

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