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Prévia do Capítulo Dez


E ai cambada, tudo bom com vocês? Vim trazer uma prévia do próximo capítulo, que ainda ainda não vai sair. Estou aqui planejando fazer uma postagem dupla. Sim, postar o capítulo dez e onze juntos o que vocês acham? Deixem nos comentários se sim ou não e sigam o blog no botão + ou no canto da tela.

Prévia abaixo (Cortei as melhores partes hehehe):


Uma semana sem jogos não diminuiu a intensidade de seus treinos, contudo Wymack abriu mão de um pequeno espaço. Não por consideração, mas por necessidade: ele havia feito sua primeira onda de cortes em sua pilha de Raposas e precisava da ajuda de sua equipe para reduzi-la. As garotas aceitaram a tarefa com entusiasmo que Neil não esperava. Ele achava que escolher seus próprios substitutos seria um leve lembrete de que estavam se formando daqui a um ano. Se alguma delas estava ciente de que seu tempo estava acabando, não demonstrava.
Menos surpreendente foi o desprezo de Kevin por todos os arquivos que Wymack lhe oferecia. Ele insistiu que Wymack fizesse uma segunda avaliação, o qual Wymack exigiu que Kevin fosse um pouco menos rígido com atacantes que não haviam sido criados para se tornarem campeões. Neil não tinha a experiência ou discernimento para discutir com Kevin, embora se agarrasse silenciosamente a uma das escolhas que fizera e se recusava a deixá-lo ser descartado. Kevin tentou arrancá-lo de suas mãos, apenas uma vez, antes de descrever Neil como ignorante e voltou-se a Wymack novamente. Abby interveio quando a discussão ficou alta demais e separou Wymack e Kevin para as extremidades opostas do vestiário.
Na terça-feira, Kengo recebeu alta médica do hospital. Se ele não fosse o pai de Riko, poderia ter chegado em casa sem questionamentos ou fanfarra, já que Kengo Moriyama passaria despercebido como apenas mais um magnata. Enquanto estava lá, alguns repórteres esperavam à sua porta. Kengo respondeu suas perguntas com um silêncio mortal e deixou seus assistentes abrir o caminho. As leis da HIPAA impediram que alguém descobrisse o que estava em seu prontuário, no entanto, ele parecia ter se recuperado, então a imprensa finalmente desistiu e seguiu em frente.
Na tarde de quarta-feira, Andrew teve sua sessão semanal com Betsy, sendo assim seu grupo pegaria uma carona com Matt. Kevin e Nicky esperavam por eles no corredor quando Neil seguiu Matt para fora de seu quarto. Aaron não estava à vista. Neil fechou a porta e olhou para Nicky.
Nicky meneou a cabeça.
– Ele disse que pegaria uma carona com Andrew hoje.
– Até o estádio? – perguntou Dan.
Neil considerou a expressão de olhos arregalados de Nicky e adivinhou:
– Até a Dobson. Aaron quis ir junto.
– Não brinca! – disse Matt, assustado. – É sério mesmo?
– Estranho, não é? – Nicky indagou. – Eu disse que não sabia que Andrew tinha concordado, e Aaron disse que Andrew não sabia o que ele estava planejando. Aaron ainda não voltou, então ou ele está morto no estacionamento ou ele conseguiu. Será que cansou da Katelyn evitando ele? Falando nisso, um dia desses quero saber como você envolveu ela nisso.
– Eu perguntei.
– Lá vem com esse “Pergunte” de novo –, disse Matt. – Significa outra coisa de onde você veio?
– Na maioria das vezes, sim – respondeu ele.
A honestidade inesperada fez Matt rir. Sem o antagonismo de Andrew e Aaron levantando muros, era fácil para as Raposas se enturmarem. Eles desceram as escadas em um grupo misto. Nicky checou o estacionamento em busca de sinais da trágica morte de Aaron e subiu na caminhonete de Matt com um sorriso selvagem quando não encontrou nenhum cadáver. Apesar dessa alegria, ele foi rápido para indicar Neil como porta-voz quando Wymack precisava de uma explicação para a ausência de Aaron. Wymack retribuiu adicionando voltas extras. Neil esperava que, pelo menos, Nicky resmungasse, no entanto Nicky estava tão abalado com o progresso questionável de seus primos que correu sem reclamar.
Andrew e Aaron tiveram que notar o intenso escrutínio a que foram submetidos quando chegaram, no entanto, nenhum reconheceu a atenção. As raposas não eram suicidas o suficiente para perguntar como tinham ido. Andrew parecia calmo, mas a expressão de Aaron era claramente cruel.
Wymack olhou para eles de um para o outro.
– Isso vai ser algo contínuo? Preciso saber como planejar as coisas.
– Não –, respondeu Andrew.
Aaron lançou-lhe um olhar irritado.
– Sim
– Tudo bem –, Wymack disse, e isso foi tudo.
***
Eles não tiveram um jogo na sexta-feira, contudo o ERC finalmente publicou a programação da semana seguinte. Seis equipes de divisões paralelas procederam para o mata-mata, em comparação com oito dos superiores. As Raposas enfrentariam a Universidade de Vermont Catamounts, em casa. UT ficaria contra Nevada e Washington State enfrentaria Binghamton. Na categoria dos superiores, os Três Grandes haviam milagrosamente evitado uns aos outros. Todos iriam para a terceira rodada, junto com qualquer time que vencesse a partida entre Oregon e Maryland. Haveria outra pausa de uma semana entre as partidas de mata-ma e a terceira rodada.
Um fim de semana livre significava que eles deveriam ter passado a noite bebendo em Columbia, mas o truque de Aaron na quarta-feira arrastou a guerra fria dos gêmeos para um nível totalmente novo. Segundo Nicky, Aaron entrou no quarto no mínimo para dormir ou trocar de roupa. Nicky supôs que Aaron passara o resto do seu tempo livre com Katelyn. Neil esperava que ele estivesse errado. Katelyn poderia estar disposta a falar com Aaron novamente agora que havia colocado os pés no chão, mas Andrew tinha uma promessa a cumprir e tinha mais razões do que nunca para atacá-la. Se Katelyn fosse esperta, mentiria por algumas semanas.
Eles não podiam ir para Columbia sem Aaron, então Nicky arrastou Neil para o seu quarto. Aaron havia desaparecido, entretanto Nicky e Andrew tomaram as poltronas e se uniram em um jogo de terror. Neil trouxera sua mochila, embora a trilha assustadora e o grito ocasional na tela fossem desculpas perfeitas para não fazer nenhum dever de casa. Ele olhou para Kevin, que desconectou os fones de ouvido de seu laptop e apontou para o quarto. Kevin pegou o computador, depois Neil foi buscar um bloco de notas e fechou a porta da sala atrás deles.
Kevin estava escrito em um site de streaming de Exy. Ele procurou pelo mais recente jogo de Vermont e girou a tela para que ambos pudessem ver. Neil anotou, Kevin absorveu tudo o que pôde ver e então compararam as ideias. A UVM tinha uma equipe desequilibrada: uma defesa intimidadora apoiando uma linha ofensiva medíocre. Neil e Kevin ficariam bastante ocupados, mas pelo menos sua defesa problemática teria uma situação favorável.
Uma partida tornou-se duas e teria se tornado três se Nicky não tivesse vindo procurá-los. Nicky levou um segundo para perceber o que eles estavam fazendo e lançou um olhar desanimado entre eles.
– Vocês não estão falando sério. É sexta-feira à noite e é assim que vocês se divertem? Dá um tempo! Pensem em outra coisa por um tempo, fariam isso? Tipo, sorvete. Pensei que íamos para Columbia. Meu corpo está clamando para tomar sorvete o dia todo. Fui enganado e exijo compensação.
– Isso não é problema nosso –, replicou Kevin.
– Estou tornando seu problema –, disse Nicky. – Neil, você vem comigo até a loja.
– Vá sozinho –, insistiu Kevin.
– É uma ótima ideia. Há um pequeno erro, no entanto: não estou mais na apólice de seguro e não tenho chave para dirigir.
Você o que? – Neil perguntou surpreso.
Nicky deu de ombros e não explicou.
– Vamos, Neil. Os jogos vão estar no mesmo lugar amanhã. Estou aqui agora, estou com fome e cansado de você me ignorar no meu próprio quarto.
Kevin abriu outro jogo e fez uma pausa para que pudesse fazer carregar.
– Andrew pode levar você.
– Não estou falando com você – continuou Nicky. – Estou falando com a sua mini cópia.
– Eu... –, Neil começou, mas hesitou quando o telefone tocou.
Podia adivinhar o que era, mas havia uma possibilidade de que não fosse. Ele tirou o celular do bolso e abriu-o para ler a contribuição de hoje para a contagem regressiva: "35". Neil olhou para baixo em silêncio. Se Neil acreditasse em sinais, isso seria prova de que deveria ficar com Kevin. Eles poderiam assistir outra partida antes de terem que dormir. Mais um jogo e ele, provavelmente, teria nomes e números memorizados. Eles tinham menos de três meses até as finais. As Raposas não podiam dar um único passo em falso.
Neil olhou para cima, pronto para rejeitar Nicky, mas Andrew se aproximou de Nicky na porta. Neil olhou para ele e pensou no apelo preocupado de Nicky no outono passado, o aviso de que algum dia Exy não seria o suficiente por si só. Poderia ser um refúgio seguro de seus pensamentos, uma razão para se erguer e uma inspiração para lutar mais. Poderia significar o mundo para ele, porém não poderia ser tudo. Ele não podia juntar seus cacos como as Raposas faziam. O Exy não largaria tudo para buscá-lo no aeroporto ou chegaria até ele sem questionamentos, ou o chamaria de “amigo”. Neil construiu sua vida em torno de Exy depois que sua mãe morrera porque precisava de algo para viver, mas Neil não estava mais sozinho.
Talvez ele se arrependeria disso na segunda-feira, quando estivesse a mil passos atrás de Kevin, mas não era como se Neil fosse alcançá-lo de qualquer maneira. Neil fechou o celular e olhou para Kevin.
– Qual sabor você quer?
Kevin olhou para ele.
– Você não vai sair –, disse ele, não exatamente perguntando.
– Se ficarmos nessa, isso vai durar até tarde da noite. Escolha um sabor
Kevin não respondeu; Talvez estivesse muito desapontado com Neil para levar a questão a sério. Neil não se importava mais com o que Kevin pensava dele. Como ele lembrou Kevin na outra semana, a jornada de Kevin não havia parado em maio. Ele poderia passar todas as noites assistindo replays e táticas intermináveis, porque ele tinha todo o tempo do mundo de sobra.
Neil colocou o celular no bolso e se levantou.
– Envie uma mensagem para Nicky quando se decidir.
Nicky olhou ao redor com alegria por ter vencido o cabo de guerra. Neil deixou a satisfação pessoal triunfar sobre a atitude de Kevin e trouxe Nicky para o carro. Nicky conversou sobre Erik durante a maior parte da viagem ao supermercado. Nicky planejava passar a maior parte de maio na Alemanha. Seu breve encontro com Erik durante os feriados de Natal fez Nicky sentir sua falta mais do que nunca e estava contando os dias até que eles pudessem se encontrar novamente. Ele estava um pouco preocupado com o que Andrew e Aaron poderiam fazer em sua ausência, no entanto estava confiante de que Neil os manteria vivos até o dormitório reabrir, em junho.
Kevin ainda não mandara a mensagem para Nicky quando chegaram ao corredor de sorvetes, então Nicky cedeu e ligou para ele. Neil quase esperava que Kevin ignorasse a ligação de Nicky, no entanto, Kevin não estava tão zangado a ponto de recusar um lanche grátis. Nicky pagou pelos potes antes que Neil pudesse se oferecer para comprar o seu, e eles voltaram para o dormitório com o seu carregamento.
Kevin não estava à vista, contudo a porta do quarto estava trancada novamente. Neil supôs que ele havia voltado a assistir os jogos, sozinho. Por um momento, Neil se incomodou que Kevin não estava disposto a esperá-lo, mas se recusou a se arrepender de sua decisão. Nicky pegou colheres na cozinha e distribuiu os potes para seus donos famintos. Neil verificou sua expressão quando Nicky voltou depois de ter entregue a Kevin, mas Nicky apenas revirou os olhos para Neil e sorriu novamente. Ele jogou o saco plástico vazio na lata de lixo e examinou sua prateleira de DVD com os punhos nos quadris.
Depois de um minuto verificando seriamente Nicky reclamou:
– Não tem nada para assistir aqui, Vou vasculhar a coleção de Matt.
Definitivamente havia dito isso, mas esperou um pouco no caso de Andrew rejeitar essa ideia. Neil olhou para Andrew, rolando o sorvete entre as mãos para amolecer. Quando Andrew não disse nada, Nicky desapareceu. Neil trancou a porta atrás de si e levou seu sorvete até Andrew. Ajoelhou-se no chão perto ao pufe de Andrew e escutou. Ele não ouviu o som de jogo vindo do quarto, no entanto os fones de Kevin não estavam mais em sua mesa. Neil deixou o sorvete e a colher de lado e olhou para Andrew.
– Quando você disse que não gosta de ser tocado, é porque você não gosta de nada ou porque não confia em ninguém o suficiente para deixar tocar em você?
Andrew olhou para ele.
– Não importa.
– Se não importasse, não perguntaria.
– Não importa para um cara que não gosta da fruta – esclareceu Andrew.
Neil deu de ombros.
– Nunca experimentei porque nunca foi permitido. A única coisa que pensava em quanto crescia era em sobreviver.
Talvez fosse por isso que estava naquela área desconhecida do que era aceitável. Não importava se Andrew era um sociopata ou homem; a ideia de Andrew era tão entrelaçada com a ideia da segurança de Neil que isso também era um meio de autopreservação.
– Me relacionar com alguém significava confiar que eles não me apunhalariam pelas costas quando pessoas terríveis me procurassem. Estava com muito medo de me arriscar, então era mais fácil ficar sozinha e não pensar nisso. Mas confio em você.
– Não deveria.
– Disse o carinha que decidiu parar.
Neil deu a Andrew alguns segundos para responder antes de dizer:
– Não entendo, e não sei o que estou fazendo, não quero ignorá-lo só por ser novidade. Então, você, está completamente fora dos limites ou há alguma parte segura?
– Tá esperando o que, coordenadas?
– Esperando saber onde estão os limites antes de cruzá-los –, esclareceu Neil, – mas estou disposto a desenhar um mapa em você, se quiser me emprestar um marcador. Não é uma má ideia.
– Tudo relacionado a você é uma má ideia –, disse Andrew, como se Neil já não soubesse disso.
– Ainda estou esperando por uma resposta.
– Eu ainda estou esperando por um sim ou um não que possa realmente acreditar –, Andrew respondeu.

– Sim.

Sente o cheiro de fofura.💕 

4 Comentários

  1. Anônimo01 fevereiro

    Neil quer um marcador pra desenhar um mapa no corpo do andrew. hummm kkkkk Vai desenhar um circulo no furico dele.

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  2. Ai senhor andreil é vidaa!! Simmm posta os dois capítulos, Thiago vc é top demais ,obrigada por traduzir essa trilogia maravilhosaa!!🦊❤🦊

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  3. Obrigada Thiago por esses presentes lindos que são suas postagens. Sim, por favor capitulo dez e onze.

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