
Filha das Trevas – Saga da Conquistadora # 1
Kiersten White
Plataforma21
Lada despreza os otomanos. Em silêncio, planeja o retorno a Valáquia para reclamar aquilo que é seu. Radu, por outro lado, quer apenas se sentir seguro, seja onde for. E quando eles conhecem Mehmed, o audacioso e solitário filho do sultão, Radu acredita ter encontrado uma amizade verdadeira – e Lada vislumbra alguém que, por fim, parece merecedor de sua devoção.
Mas Mehmed é herdeiro do mesmo império contra o qual Lada jurou vingança – e que Radu tomou como lar. Juntos, Lada, Radu e Mehmed formam um tóxico e inebriante triângulo que tensiona ao limite os laços do amor e da lealdade.
Sombrio e devastador, este é o primeiro livro da mais nova série de Kiersten White. Cabeças vão rolar, corpos serão empalados… e corações serão partidos.
Dentro das muralhas do império dragão, seu pai manda embora o único amigo de Lada, Bogdan, filho de sua ama e companheira constante. Lada finalmente vê o homem frio e calculista que seu pai é. Para manter seu poder, o pai de Lada concorda em abandonar seus filhos sob o disfarce de sua educação, realizado na propriedade do sultão otomano.
Enquanto Radu se maravilha com os ensinamentos religiosos, Lada é uma jovem feroz determinada a aprender as belas artes do derramamento de sangue e da guerra, antes de retornar à sua terra natal, onde pretende conquistar.
Minha Opinião
Para um livro extremamente endeusado por ter uma protagonista mulher e “empoderada”, ao meu ponto de vista, os momentos de empoderamento de Lada podem ser contados nos dedos de uma mão em todo o livro.
Lada é sem dúvida a personagem mais insensível e selvagem que já li. Mostrar afeto é uma fraqueza e Lada não permiti que Radu seja usada contra ela, uma característica herdada de seu pai. Lada é bem objetiva e convicta naquilo que deseja que chaga a ser irritante. No entanto, parte da objetividade da personagem se perde no momento em que ela atinge a adolescência. É quando Lada começa a ficar entediante.
Radu foi o personagem que mais me motivou a continuar a leitura, o mesmo teve mais elementos a acrescentar na narrativa do que a própria Lada. É também o que teve melhor desenvolvimento ao longo de todo livro, foi bem prazeroso de acompanha a evolução do personagem.
Pulando para a adolescência e onde a história começa a tomar forma, os irmãos encontram um sentimento em comum por Mehmed, o filho do sultão. Insuportável da *****. Naturalmente, ele começa a se apaixonar por Lada, mas Radu se apaixona pelo jovem sultão, incapaz de identificar o porquê sente atração por homens quando a sociedade dita que ele deve se casar ou ser excluído da sociedade. Mehmed foi frustrante. Ele não estava disposto a forçar limites e parecia alheio às afeições de Radu, embora o relacionamento deles parecesse muito mais íntimo do que um relacionamento heterossexual entre amigos.
O romance entre lada e Mehmed é bem forçado, há momento que o dialogo entre os dois parece ter saído de uma fic do tipo “O Amigo do Meu Irmão” (esse tipo de fic que você já deve ter visto repetidamente no wattpad) O relaciona mento entre os dois, que eu não acredito que seja amor, foi uma pedra no sapato para o relacionamento entre os irmãos, que já não era bom, quanto para Lada. Ela cria articulações, mata, se afasta do irmão e têm algumas atitudes estúpidas, ela acaba perdendo a essência da personagem do início do livro apenas para levar Mehemed ao posto de sultão. Tudo por uma obsessão de Mehemed em conquistar Constantinopla.
Acredito que Mehemed sabe do sentimento de ambos e usa isso para manipulá-los a todo o momento, é um personagem que merece o beneficio da dúvida, ele não é sincero com os irmãos e está sempre escondendo algo de sua vida.
O ponto alto de Lada é o final, quando a personagem, finalmente, cai em si e toma a decisão que poderia ter tomado bem antes, mas que desistiu por causa de quem? Quando Lada decide não ser mais bispo(peça de xadrez) de num homem foi quando passei a gostar um pouco mais da personagem.
A pesar de a escrita ser fluida e fácil, a narrativa é lenta em 70% do livro, chega a ser maçante, principalmente em alguns capítulos narrados por Lada, há capítulos que não acrescentaram em nada no livro. Há muitas informações detalhadas e esquecíveis, a motivação dos personagens são questionáveis. A obsessão de Mehemed em conquistar um território que não lhe pertence, sacrificando a vida de milhares de pessoas, a penas para ser aquele a cumprir uma profecia religiosa foi a coisa mais tosca que já li. No entanto, segundo os historiadores, esse idiota realmente existiu e é venerado até hoje como Mehemed o conquistador.
Eu adorei Radu, foi um personagem de crescimento brilhante. Lada não é tão péssima, mas deixou a desejar. Em um império no qual os homens detêm o poder, ela não tem medo de questionar lealdades, decisões e estereótipos sexistas da época. Acredito que ela tomará o rumo certo na continuação.
Essa foi uma das trilogias que mais me decepcionou (tanto que nem mesmo cheguei a terminar o terceiro livro). Por saber da história original envolvendo o Conde Vlad Dracul, o tão famigerado Drácula, seu irmão - quase apagado da história - Radu o belo e o amado Mehemed o conquistador, achei que o livro ia se desviar do clichê, apresentando uma personagem sem vínculos amorosos necessários e mostraria o relacionamento entre Mehemed e Radu, de amigos a amantes, infelizmente não foi o retradado. Também acho que o ponto alto do livro foi a evolução do Radu, foi quem me segurou nesse livro por tanto tempo, pulava facilmente parágrafos dos capítulos da Lada e não me arrependo.
ResponderExcluirCompartilho da mesma ideia. Atualmente sem nenhuma vontade de continuar a trilogia, mas se fizer vai ser pelo Radu.
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