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The King's Men - Capítulo Sete [Página 1]


TRADUÇÃO: THIAGO
REVISÃO: THIAGO

Neil estava prestes a sair de seu quarto após o banho quando seu celular tocou. Ele apalpou seus bolsos, encontrou-os vazios, e desenterrou o celular debaixo do travesseiro. Duas mensagens estavam a sua espera, uma de Nicky de quase uma hora atrás e a mais recente de Katelyn. Katelyn estava um desespero só – “O que aconteceu???” – que Neil nem perdeu seu tempo respondendo.

A de Nicky era um aviso de que Andrew estava de volta. Parecia um tanto redundante, uma vez que, se Wymack tinha trazido comida, era óbvio, que ele também tinha deixado Andrew.  Conhecendo Nicky, era um apelo velado para Neil se envolver e assim ter certeza de que tudo estava bem. Neil enfiou o telefone no bolso de trás e saiu do quarto sem dizer nada a ninguém. Nicky atendeu sua batida na porta em questão segundos e nem precisou perguntar o porquê de Neil estar lá.

– Ele pegou uma garrafa e saiu de novo –, disse Nicky. – Não sei onde ele foi.

Não havia muito onde Andrew poderia ir com uma garrafa na mão e sem carro. 

– Saiu com o treinador?

– Acho que não –, disse Nicky. – Aaron saiu, também, logo depois de você.

Neil não ligava para o que Aaron fazia. Ele acenou com a cabeça e foi embora, e Nicky não ligou depois disso. Neil subiu as escadas até o telhado e lutou contra a maçaneta do jeito que tinha visto Andrew destrancá-la. Só precisou de algumas tentativas para abri-la, e abriu caminho pelo telhado ventoso.

Andrew estava sentado na parte de trás do telhado desta vez. Segurando a vodka entre os joelhos, parecia vazio, mas Neil viu a luz do sol brilhar em um pouco de líquido enquanto se dirigia até Andrew. Neil acalmou as batidas instintivas de seu coração ao ficar tão perto da borda, e se esforçou a chegar a um ponto fora do alcance de Andrew.

Ele olhou para as ruínas do estacionamento. Ainda havia uma dúzia de carros, e uma equipe já limpava o asfalto. A polícia fora embora, deixando uma das equipes da segurança do campus para supervisionar, e a imprensa tinha desaparecido.

Andrew jogou seu maço de cigarros para Neil.

– Me dê uma boa razão para eu não empurrá-lo daqui.

Neil puxou um cigarro e acendeu.

– Eu arrasto você comigo. É uma longa queda até lá embaixo.

– Eu te odeio –, disse Andrew, mas foi difícil acreditar nele quando parecia tão entediado com a ideia. Andrew tomou um gole da garrafa e limpou a boca com o polegar. O olhar que ele virou a Neil não perecia impressionado e indiferente.  – Noventa por cento do tempo, a sua simples visão me faz querer cometer homicídio. Eu penso em arrancar a pele do seu corpo e pendurá-la como um aviso para todos os outros idiotas que pensam que podem ficar no meu caminho.

– E os outros dez? – indagou Neil.

Andrew ignorou isso.

– Eu avisei para não tentar colocar uma coleira em mim.

– Não tentei nada –, se defendeu Neil. – Você colocou a tal coleira em si mesmo quando me disse para ficar, não importava as consequências. Não fique bravo comigo só porque fui inteligente o bastante para entender o outro lado da história.

– Se você me reprimir de novo, eu vou te matar.

– Talvez quando o ano acabar, você vá –, disse Neil.  – Agora não há muito que você possa fazer sobre isso, então não perca nosso tempo me ameaçando.

 – Não acho que seja por dinheiro –, disse Andrew, e se estabeleceu no olhar questionador de Neil: – Por que eles perseguiram você por tanto tempo? Imagino que em algum momento eles perceberam que era muito mais importante feri-lo do que recuperar qualquer coisa que tenham perdido.

– Então você revida, mesmo assim não vai me atingir.

Andrew apagou o cigarro aceso entre eles.

 – O momento está se aproximando rapidamente.

Neil estudou seu rosto, procurando um indício da raiva insondável anterior e não encontrou nada. Apesar das palavras hostis de Andrew, sua expressão e Tom eram calmos. Ele dissera tais coisas como se não significassem nada para ele. Neil não sabia se era um disfarce ou a verdade. Andrew estava escondendo aquela raiva de Neil ou de si mesmo? Talvez o monstro tenha sido enterrado onde nenhum deles o encontraria, até Neil cruzar outro limite imperdoável.

– Que bom –, disse Neil longamente. Cutucar a onça com vara curta parecia uma boa maneira de morrer uma morte dolorosa, exceto que Neil estaria morto antes do prazo de proteção de Andrew se esgotar. – Quero ver você perder o controle.

Andrew ficou imóvel com a mão a meio caminho da garrafa de vodka.

– Ano passado você queria viver. Agora parece que está determinado a ser morto. Se eu tivesse a fim de conversar com você agora, eu perguntaria o porquê da mudança de atitude. Desse jeito, já tive o suficiente da sua burrice para durar uma semana. Agora, volte para dentro e incomode os outros.

Neil fingiu confusão enquanto se levantava.

– Estou te incomodando?

 – Além da conta.

– Interessante –, disse Neil. – Na semana passada nada o abalava.

Andrew não gastou saliva revidando, mas Neil contou como uma vitória. Ele jogou o cigarro ao vento e voltou para dentro sozinho. Desceu as escadas para o terceiro andar, mas não conseguiu mais do que alguns passos antes do elevador abrir, ao final do corredor. Olhar para trás foi instintivo. Neil teve um segundo para reconhecer Aaron e outro segundo para captar a fúria em seu rosto. Então, Aaron o atingiu como um trem em alta velocidade e o esmagou contra a parede.

Neil percebeu de relance um golpe em seu rosto e um soco mais forte na boca antes de empurrar Aaron para longe de si. Neil conseguiu um golpe certeiro no estômago de Aaron quando o mesmo saltou sob ele novamente, e, então, mãos pesadas os apartaram um do outro. Neil lançou um rápido olhar em torno da intervenção. A luta tinha atraído uma rápida multidão dos quartos mais próximos. Neil sabia que esses rostos passavam por ele vezes suficientes no corredor e nas escadas; Ele gravara seus nomes e equipes, apesar de seus melhores esforços para não aprender nada sobre essas pessoas.

Aaron fez uma tentativa violenta de se soltar, então resolveu fitá-lo ameaçadoramente do outro lado do corredor. Neil testou seus próprios limites, achou-os igualmente imperdoáveis, e cutucou o interior de sua boca com a língua. Mordera a bochecha quando Aaron o socou e o primeiro golpe não foi suficiente para livrar-se do gosto de sangue.

– Acalmem-se –, avisou-os Ricky, com as mãos estendidas em direção a ambos. – Já temos problemas suficientes para lidar agora, sem confusão.

 – Estamos tranquilos –, disse Neil.

Aaron não tinha interesse de outras pessoas se intrometendo em seus problemas pessoais, então Neil esperava que ele entrasse no “jogo” até que estivessem sozinhos. Ele havia subestimado a fúria de Aaron. Em vez de esperar pela privacidade, Aaron cuspiu em alemão furioso.

– Vá se foder! Que merda você disse a ela?

O tom ríspido –e estrangeiro– pegou os outros atletas desprevenidos, dando a Neil tempo suficiente para responder. Havia apenas um "Ela" que poderia deixar Aaron irritado. Neil se arrependeu de não responder a mensagem de Katelyn, mas ele apenas deu de ombros, em indiferença, a Aaron.

– Por que, ela finalmente tomou uma decisão? O que aconteceu, você apareceu na porta dela para choramingar pelo carro e recebeu um ultimato em resposta?

 – Você sabe muito bem!

– Ei –, disse Ricky. – Acalmem-se, já avisei.

Neil o ignorou.

– Disse a ela para tomar uma posição. Nem sequer voltei para perguntar se ela tinha encontrado convicção. Se vale de alguma coisa, eu fiz isso antes de descobrir o quão específica era a promessa de Andrew. Poderia ter sido um pouco mais atencioso se soubesse o quão burro você era.

– Você não tinha o direito de envolvê-la nisso!

As portas do dormitório não eram feitas para serem à prova de som, e o alemão estridente finalmente chamou a atenção das Raposas. Nicky foi o primeiro a sair no corredor, e os veteranos não estavam tão longe dele. Jogadores de futebol se afastaram para deixá-los se aproximar, no entanto, Dan e Matt se detiveram para assistir. Neil esperava um sermão, mas Dan olhou de um para o outro e nada disse. Neil não sabia se ela estava surpresa por eles fazerem tal espetáculo para tentar intervir, ou se ela ainda estava com raiva de Aaron por seja lá qual papel ele desempenhara na agressão contra Allison.

Nicky chegou o mais perto possível de Aaron e lançou um olhar confuso para Neil. 

– Posso saber? – perguntou ele em alemão.

Aaron fez outra tentativa hostil de se libertar. Desta vez, Amal o soltou, embora continuasse com as mãos sob ele, para o caso de Aaron ir atrás de Neil novamente. Aaron recuou meio passo, em vez de atacar novamente, como se não pudesse suporta a presença de Neil.

– Katelyn se recusa a me ver ou falar comigo até que Andrew e eu tenhamos sessões de aconselhamento.

Nicky ficou de queixo caído, só que pareceu mais admirador do que qualquer coisa.

– Caramba, Neil.

Aaron fitou-lhe intensamente.

– Não ouse a ficar do lado dele.

– Por que não? – indagou Nicky. – Até parece que você me deixa alguma opção.

Aaron empurrou Nicky de seu caminho e partiu ferozmente para seu quarto. Nicky fez uma careta sarcástica para Neil e se foi logo atrás dele. Kevin estava parado na porta, mas saiu no corredor para deixá-los passar. Ele não entendera uma vírgula do que eles disseram, mas o duro puxão de sua boca mostrava descontentamento. Neil olhou para ele, tentando silenciosamente transmitir o quão pouco se importava com o mau humor de Kevin.

Dan gesticulou para os atletas que seguravam Neil.

– Valeu. Vamos ficar de olho neles.

Neil foi liberado sob sua tutela e a pequena multidão se dispersou lentamente. Dan gesticulou para Neil passar a frente, então ele foi para o seu quarto com Matt e Dan em seu encalço. Renee e Allison ainda estavam lá dentro, e observaram o retorno de Neil com interesse.

Neil não estava com fome, mas comer lhe ocuparia um pouco. Também, o tornaria mais fácil de ser encurralar. Dan apoiou seu quadril contra o balcão e o observou vasculhar a geladeira. Ela estava tentando pressioná-lo, Neil pensou, mas Neil não seria o primeiro a falar. Colocou o recipiente de comida no micro-ondas, olhou os minutos no visor, e voltou-se para o olhar pesado da garota. Dan administrou seu tratamento silencioso somente até o temporizador apagar.

– Vamos coversar sobre o que aconteceu? –, perguntou ela.

 – É melhor evitar Aaron por alguns dias.

– Já estava nos planos –, disse Dan. – Que diabos está acontecendo?

– Eu estou fazendo o que você me pediu para fazer –, disse Neil. – Estou juntando eles.

– Não foi o que pareceu.

Neil deu de ombros, mexeu o macarrão e reiniciou o temporizador.

– Se algum osso não tiver se recuperado direito, você não tem escolha a não ser quebrá-lo. Eles vão ficar bem.

Matt inclinou-se de ombro contra o batente da porta e arqueou uma sobrancelha para Neil.

– Não é exatamente tranquilizador.  Vindo de você, “Bem” poderia significar qualquer coisa, desde “Vou atravessar o estado pedindo carona” até “Fui espancado como uma mulher de malandro, mas ainda consigo segurar uma raquete”.

– Você apostou neles? – perguntou Neil. Ao perceber que Matt não conseguia seguir sua linha de raciocínio, acrescentou: – Aaron e Katelyn.

 – Todos, exceto Andrew, apostaram neles –, confirmou Matt.  – Não foi questão de eles combinarem. Foi questão de “quando ficariam”.

Neil considerou isso.

– Então eles vão ficar bem.

Dan não pareceu convencida, mas o deixou comer em paz e puxou Matt junto com ela. Neil passou o resto da tarde encarando seus livros, em vez de fazer qualquer trabalho. O jantar fora entregue no quarto, porque Allison não queria ver ninguém no refeitório, a refeição foi seguida por complexos jogos de cartas e muita bebida.

Dan, Matt e Allison jogaram como se a única maneira de vencer fosse: o primeiro a ficar porre. Allison foi à primeira, mas Matt e Dan não duraram muito. Allison logo reivindicou o sofá, então, Dan e Matt tropeçaram em direção ao quarto para dividirem a cama de Matt. Neil arrumou a bagunça que tinham feito na sala de estar, enquanto isso, Renee pegava um cobertor extra do quarto das meninas. Ela estava de volta a tempo de limpar o resto do lixo. Os dois lavaram copos lado a lado na cozinha, estavam terminando quando Renee disse:

– Obrigado –, começou ela, – por detê-lo quando não consegui.

Neil a olhou.

– Ele pediu para você protegê-los?

Renee assentiu com a cabeça.

– Kevin contou ao Andrew a verdade sobre os Moriyamas primeiro. Andrew sabia que deixando Kevin ficar poderia gerar graves consequências para o resto de nós. Ele estava disposto a proteger os seus –sua panelinha– contra reações adversas, mas não deu importância o suficiente para a segurança do resto de nós. Em vez disso, ele me incumbiu dessa responsabilidade. – Ela inclinou a cabeça para indicar seus amigos dormindo e segurou um copo para observá-lo. – Uma das primeiras coisas que perguntei a ele em junho foi sobre quem ficaria responsável por você. Ele disse que saberia depois de uma noite em Columbia.

Neil pegou o copo de volta e deu-lhe uma segunda esfregada.

– Agora ele deve estar arrependido de ter me escolhido, tenho certeza.

– Andrew não acredita em arrependimentos; Ele diz que o arrependimento é fundamentado na vergonha e culpa, nenhum dos quais serve para qualquer propósito real. Dito isto, em algum momento eu tentei tirá-lo das mãos dele.  – Quando Neil a fitou pela surpresa, Renee afetou um olhar inocente que, pela primeira vez, não pareceu inteiramente convincente. – Andrew recusou a proposta, alegando que não desejaria você a ninguém, exceto a um agente funerário.

– Rainha do drama –, murmurou Neil.

Renee deu uma risadinha silenciosa e trocou com ele a toalha de mão pelo copo. Neil secou as mãos e devolveu. Renee pendurou a toalha no puxador da geladeira e saiu da cozinha para avaliar a sala.

 – Vai ficar tranquilo aqui? – Renee perguntou.

Neil inclinou a cabeça para um lado, tentando ouvir ruídos vindos do quarto, e ouviu apenas o silêncio.

– Estou bem.

Ele a viu sair, trancar a porta e foi para a cama.

A manhã surgiu cedo de mais, e trouxera com ela mais más notícias. Wymack ligou cedo para avisá-los de que o campus estava vandalizado. A tinta preta cobria os prédios e calçadas, escorrendo o líquido viscoso, e a lagoa fora tingida de vermelho brilhante. Pichações grosseiras manchavam as alvas paredes exteriores do estádio Foxhole. Wymack não queria que a equipe parasse para ver, também não queria que eles ouvissem sobre isso por meios de outros. O departamento de reparos já trabalhava, na tentativa de restaurar tudo tão rapidamente dentro do possível. Wymack ameaçou retalhar a segurança do campus assim que atendeu ao telefone.

A segunda onda de vandalismo fez a imprensa voltar correndo, e um repórter finalmente chegou perto o suficiente de Wymack para colocar um microfone em seu rosto. Wymack era muito esperto para atacar os Corvos, então se contentou em atacar os fãs.

– Acho tudo isso ridículo –, disse ele. – Que bem esses covardes acham que estão fazendo nos atacando dessa forma? Tudo o que eles estão fazendo é ganhar atenção negativa e publicidade para esse time que eles estão tentando defender. Já passou da hora dos Corvos se pronunciarem.

O presidente do Edgar Allan, Louis Andritch, respondeu dentro de uma hora e fez um apelo obrigatório aos torcedores dos Corvos para cessar tal comportamento "indisciplinado". Tetsuji Moriyama deu uma declaração mais dura logo depois, condenando os ataques como insultuoso e desnecessários. Soou suspeitamente convincente, até Moriyama terminar com:

– Não se pode adestra um cão batendo-o um dia depois; Não é muito inteligente correlacionar ação e punição. Você tem que discipliná-lo no momento em que se comporta mal. Deixe-nos corrigi-los na quadra.

Dan ficou enfurecida o resto do dia, mas o apelo de Moriyama chegaram até os torcedores. Segunda-feira amanheceu sem novos incidentes. Neil quase se arrependeu, porque sem distrações externas a equipe estava livre para se concentrar em seus problemas internos novamente. Dan e Matt conversaram com Neil, mas ignoraram o resto do grupo de Andrew.

Allison agiu como se nada tivesse acontecido, porem ficou visivelmente fora do alcance de Andrew. Aaron nem olhou na direção de Neil e não falou com ninguém, incluindo Nicky. Neil esperava seu protesto quando pegasse carona com eles para praticar, mas talvez Aaron estivesse tentando manter Andrew fora da briga pelo maior tempo possível.


6 Comentários

  1. aaaaaa tava ansiosa pelo capítulo
    obrigada por traduzir essa maravilha <3

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  2. hoje mais cedo uma voz sussurrou para mim "vê se o capitulo sete foi postado" ksksksksksk
    essa tensão no ar me deixa com vontade de eu mesma entrar no livro e resolver tudo
    mais uma vez, obrigada por traduzir aaaaa❤️❤️❤️

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  3. FINALMENTE MEU DEUS AMOOOO

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  4. " - Não é exatamente tranquilizador. Vindo de você, “Bem” poderia significar qualquer coisa, desde “Vou atravessar o estado pedindo carona” até “Fui espancado como uma mulher de malandro, mas ainda consigo segurar uma raquete”."

    Mulher de malandro vai ser sempre a melhor forma de se referia ao "Neil pós Riko"

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    1. hahaha verdade 😂😂😂 , mas só de lembrar o que o Riko fez dá um nó no peito.
      https://i.imgur.com/oHaVqbv.gif

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  5. Gente só eu que vejo o climão entre o Andrew e o Neil desde o primeiro livro? Feitos um para o outro pelo amor, olha estas
    invertidas sutis.

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